quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Pós-Treinamento

E ae gentem!

Esse post com certeza será bem curto... exagerei na dose nos dois últimos, eu sei... mas era muita coisa a contar. Mas essa viagem, além da valiosa contribuição para meu trabalho, me fez pensar sobre outras coisas...

Adair e Daniel

Assim como em 2007, quando convivi com Jovan e Kazama por 6 semanas, dessa vez pude conhecer muito mais essas duas criaturas. E tirar grandes lições dessa convivência também.

Do Adair, me impressionou a força de vontade dele, especialmente na etapa Texas. O inglês era claramente um grande obstáculo para ele. Mas no lugar de chorar as pitangas, e chutar o pau da barraca, ele estudou o triplo do que eu estudei. Ser derrotado não era uma opção para ele. Lembro de nós tres nas segunda a noite estudando, e em cada slide Adair perguntava o significado de várias palavras... até a quinta ele perguntava cada vez menos... e na prova ele só errou uma questão a mais que eu. Preciso dizer mais alguma coisa? Enquanto eu aguentava fcar acordado até a meia-noite, ele ia até as duas da madruga.

Durante nossa convivência também trocamos muitas ideias sobre nossos backgrounds (o paraibano de Campina Grande, o mineiro do interior, o paulistano de tatuapé). De nós, o Adair com certeza foi o que ralou mais, e se chegou onde chegou foi com a atitude que o fez sobreviver o curso da Teex. Não desmerecendo os caminhos que eu e Daniel seguimos, mas o de Adair foi com certeza mais difícil. Cara... vc é o cara !!! E são essas histórias que veem me inspirando a nunca desistir também das minhas metas.

Já o Daniel me impressionou com a atitude dele durante o curso. Não é que ele entenda do assunto (e ele já sacava muito mais disso que eu...) mas ele tem vocação para isso. Eu reconheço que eu me esforcei bastante, e aprendi a dar mais valor a profissão, mas não me vejo trabalhando nisso... lembro, por exemplo, durante o treinamento de imobilização e transporte de vítimas, o quanto ele se empolgava em executar as técnicas, ou como proteger as vítimas caso o fogo aumentasse durante a remoção de uma aeronave. Ele entende, ele gosta do assunto !!! Na etapa da Teex também lembro que, no exercício com trem de pouso, estava eu e minha equipe numa ponta, e ele com a equipe dele na outra. Enquanto na minha equipe eu ficava lá atrás, o Adair perto do Roberto e o Roberto lá na frente, ele o pessoal de Carlsbed estava enfileirados, um com a mão no ombro do outro... sinal que naquela equipe havia entrosamento! Isso foi bem inspirador. Não por acaso nesse exercício eu me esforcei mais que nos outros, puxando a mangueira com mais força para garantir que Adair e Roberto pudessem combater o fogo sem se preocupar tanto com o peso da mangueira.

Mas também me fez refletir... o que me empolga? Dai veio a outra sacada... eu sei o que me empolga... estar ali em outro país mexeu comigo. Sentar num desse cafes, e ver a maneiras que as pessoas agem, trocam ideias, e mesmo eu chegar e me comunicar em outro idioma, poutz! que tesão... isso foi uma ficha que caiu.

Agora é ver se disso eu volto as dar o passos que sempre quis dar...

cheers!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Vai Guerreiro !!! Go Aggies, Gig´em All ! (Parte II)

Daeeee galera !!!

Vamos continuar? Pega logo aê uma caneca de café, vinho, cachaça, seja o que for, que o negócio aqui vai ser longo novamente outra vez de novo.

Semana 2 - College Station, Texas, EUA

Então... aeroporto de Guarulhos neh? O embarque foi meio demorado por conta dos procedimento de segurança (embarque para os EUA, dia imaginem como é). mas blz... deu tudo certo, não houve grandes contratempos. O voo teria duraçãode 10 horas. Para aguentar esse tempo me abasteci de literura contemporânea (4 gibis dos X-men). Nós três nem ficamos juntos, nos colocaram e vários lugares diferentes da aeronave... fazer o que neh?

Devorei minha literatura de bordo, assisti algumas séries que passavam nos canais, enchi a pança no voo... mas não consegui dormir... dai levantei e fui procurar os meninos. O Daniel tb tava ligadão, jogando videogame, mas nada de Adair... dai saimos os dois procurando o maluco... até na 1a classe fomos e nada dele. Depois de mto tempo, vimos o Adair dormindo com um casaco na cabeça, praticamente invísivel. Assim ficamos os dois batendo papo até a hora do café da manhã, e cada voltou p seu lugar. Depois do café relaxei e consegui dormir por uma hora.
5 da manhã pousamos em Houston. Alugamos um carro e decidimos dar umas voltas por lá, para conhecer. Agente só fez se perder por lá, pq rodamos horrores e nã chegamos a lugar algum. Sono? Nada... estar um lugar diferente sempre anima qq um. Finalmente achamos o caminho para College Station.

No caminho ainda paramos, tomamos um chafé (um diliça com 300 "y" acentuados... ou, segundo o Adair, solução 3% de café, 97% de água) e comemos besteira (fazer o que neh... EUA...). Ao meio dia chegamos em College Station. O lugar é impressionante: a cidade É a universidade de College Sation. Sabe aqueles filmes, onde há vc vê o ginásio do time de basquete local, o estádio de futebol americano, o estádio de baseball, tudo do time da universidade? Lugar com 60.000 estudantes (gente bem jovem , como eu ?rsrsrsr)? Todos vestidos com camisetas, bonés, etc do Aggies, o nome do time local... isso era College Station. Nem preciso dizwer que adorei o lugar. Me fez pensar que se eu soubesse de lugares como esse, teria tentando uma bolsa de estudos, como atleta, e acho q teria curtido mto essa vida estudantil... mas ok... Deus sabe o que faz, a UFCG foi tudibom tb (mentira, o curso de engenharia elétrica acabou com a minha sanidade mental, me encheu de caspas nervosas e "ites" - tendinite, gastrite, etc.).

(Lugar certo - College Sation here we go)

Chegamos no nosso hotel, o Knights Inn, um lugar bem marrom (marromenos) mas que cumpriria sua função social. O Daniel mal encostou na cama apagou. O Adair e eu ainda resistimos um tempo e ficamos batendo papo. Mas dai o cansaço bateu forte e dormi tb.

(Falência Total - Depois de mias de 10 horas de viagem de avião e carro, um descanso merecido)

Depois acordamos, e saimos em busca de um lugar para comer. Paramos num lugar chamado Jason´s Deli. Lá tinha salada... só que os três desorientados entraram e ficaram olhando um para a cara do outro meio perdidos. Não sabíamos o esquema de pedidos ali, ahahahaha. mas o bom dessas viagens é isso!!! Mas a menina que nos atendeu foi deveras simpática e nos explicou o esquema, mesmo assim ainda ficamos feito baratas tontas procurando talheres, pratos... poutz... mas foi legal!!

Depois demos uma volta pela cidade, e procuramos o lugar onde faríamos o curso. Depois de muit rodar, paramos numa lojinha, e o pessoal lá nos informou como chegar na TEEX. Dai fomos até lá e beleuza de creuza, o lugar foi devidademente localizado. E, claro, tinhamos que bater fotos!!!
Ah, nem falei do clima no Texas neh. Era outono, mas estava quente... em torno de 27 graus, e estava chovendo bastante quando chegamos. O verão lá é seco, e a temporada fria é chuvosa. Mas como é bom calor... minhas havaianas tiveram seu lugar ao sol... há 2 anos em Stanford, eu vivia de astronauta por causa do frio, humpf.

A noite fomos tomar cerveja. Fomos num barzinho bem legal, o Fox and Hounds. O lugar é cheio de mesas de sinuca e telões passando jogos. A menina que nos atendeu, Stacey, foi mto legal. Se divertiu pra caramba conosco, e no final ainda bateu uma foto com nós 3. Eu vou dar um jeito de imprimir a foto e mandar para ela.

(Adair detonando na sinuca no Fox and Hounds)


(Everyone´s favorite waitress - Stacey !!!)

Dia seguinte: aulas! Chegamos atrasados e pegamos uma apresentação já pela metade. No intervalo conhecemos os instrutores e a galera do curso, inclusive um canadense que mora numa província vizinha ao Alasca (o coitado só ver o sol de 2 a 3 meses ao ano). Se vcs pensam que o pessoal que dá aula liga se vc sabe inglês ou não, ou conhece as siglas ou não, engana-se... eles se danam a dar matéria com a mulesta e TVN (te vira negaum).

Ahhh... antes um comentário sobre o café-da-manhã... uma buesta! Sucrilhos coloridos, chafé, muffins, e algusn pães cheios de doce e sobre eles... pense num café saudável. Daniel foi que quem mais sofreu... ele quase não comia pela manhã...

A noite começamos os estudos. Para Adair o inglês era uma barreira um pouco mais complicada, por ele ter menos anos de estudos. Mas ele foi um grande guerreiro... estudou mto mais que eu e Daniel e ao longo da semana foi aprendendo os termos da área que seriam necessários para ele passar na prova. Antes porém, fiz questão de correr por College Station e conhecer o campo de atletismo...(suspiro)... tão legal... e ainda ouvi dizer a equipe de lá manda bem pra caramba nas competições...

No dia seguinte - terça - a aula terminou mais cedo ( Daniel tava sofrendo mto, caia pelas tabelas de sono) e fomos conhecer o Kyle Field, lugar onde são jogadas as partidas de futebol americano do Aggies.
(Adair garotão garotão em sua pose Barrados no Baile em frente ao Kyle Field)

(Kyle Field - Sabadão haveria jogo e isso tudo ai estaria lotado)

(Foto bem espontânea)

Depois uma paradinha no nosso point favorito - Starbucks, único lugar com um café bebivel nos EUA - e de volta a chicotada. Estudamos até a meia noite.


(Alunos dedicados)

Na quarta tivemos que madrugar para pegar nossos EPI (material este que alugamos). Dai tome experimentar roupas pra lá e pra cá e resolver as questões de pagamento. O Adair ficou p da vida com o seu menino lá porque ele misturou as roupas dele ahahaha... e o cara dizia " Ele não está feliz... dá pra ver pela cara dele"... ai eu olhava a cara do Adair, o olhar de ódio mortal e eu dizia ao maluco lah " Ah não essa é a cara dele mesmo, se preocupa não".

Nesse dia fizemos os exercícios de simulação com fogo em aeronaves. Nesse dia também - mundo pequeno - conhecemos o Roberto, uma panamenho amigo de nosso chefe aqui no Brasil. Figuraça ele!
(Daniel e o panamenho maluco Roberto)

O primeiro exercício era num troço que lembrava um avião. Dai dentro eram colocadas "vítimas" e dai eles colocavam o avião para fegar fogo. Dai a galera se dividia em 3 equipe de 3. Uma equipe fazia a proteção contra fogo na turbinas, outra equipe entra e faz ventilação (para expelir a fumaça e tornar o ambiente menos tóxico para as vítimas) e uma terceira o resgate das vítimas. Esse exercício seria repetido 3 vezes, de modo que todos passassem por todas as funções. Eu e Adair ficamos com o Roberto, em uma equipe, e Daniel ficou com os bombeiros de Carlsbed, em outra equipe. Antes o 1o round eu coloquei a máscara e quando fui por o cilindro de ar, o ar não vinha... eu fiquei agoniado e arranquei a máscara... dai uns 5 malucos lá foram me ajudar a recolocá-la, ahahaha! Depois disso não errei mais isso.

(Avião em chamas)

Depois da rodada da manhã eu estava com a glicemia baixa... estava me sentido sonolent demais. Tiramos os EPI e estávamos os três encharcados de suor. Fomos almoçar no jason´s Deli. Cara, a comida lé e em todo canto tem o mesmo gosto !!! Já era o milésimo prato diferente que eu pedia e tinha o mesmo gosto!!! Fora que a comida já não descia mais!!! Saudades da comida brasileira.

Mas uma coisa tenho que dizer... a coca-cola me salvou nesse dia... tomei um litro (sim foi um litro mesmo) para rehidratar e aumentar a glicemia. Depois de uns 20 min já estava sentindo a diferença. A tarde consegui ir até o fim dos exercício sem sentir cansaço.

O primeiro exercío da tarde foi o de apagar turbina em chamas. Cada um pegava um extintor e tinha que lá , primeiramente expelir o pó na turbina por fora, e dai quando o fogo abaixasse, tinha que correr para a lateral dela, enfiar a mão em um buraco lá e jogar extintor na parte de dentro da turbina. Dai fomos, um por um. Na vez do Adair, ele apagou direitinho o fogo, mas ao se afastar da turbina ele protagonizou o momento videocassetada... ele -POF- caiu no chão. Galera ficou preó mas ele tava bem.

(Turbina em chamas)

O último exercício foi uma simulação de combate a incêndio em aeronave de pequeno porte. Esse foi o mais tranquilo de todos. Depois dele fomos todos liberados.

Encharcados de suor, deixamos nosso amigo panamenho no hotel em que ele estava hospedado e fomos procurar um lugar para comer. Daniel estava afim de comer algo natural, e Adair de chutar o pau da barraca e comer comida america cheia de gordura. Paramos em uma loja de produtos verdes e um carinha que trabalhava lá nos indicou um restaurante um tanto longe de onde estávamos, mas que parecia ser bem legal. No caminho paramos no KFC para o Adair se acabar com as frituras e depois seguimos até esse lugar (nem lembro o nome).

(Adair se acabando com Buffallo Wings do KFC)

Acabou que chegamos lá o lugar estava fechado. Dai voltamos tudo de novo. Eu acabei pedindo para parar no Starbucks para pegar um lanche dali. Daniel entrou, perguntou se tinha sopa, a menina dsse que não, ele ficou uns segundos processando a informação, e desistiu de pedir comida ali (aliás, ô caboco indeciso na hora de comer!). De bucho cheio faltava achar um lugar para o Daniel comer. Ai fomos no... MC DONALDS ! Daniel e Adair se acabaram na batata frita de lá.

De volta ao hotel, banho tomado, de volta aos estudos!

Na quinta, véspera da prova do curso, todos estavam estressados. Daniel passou o dia de mal-humor, o Adair ultra preocupado com a prova, e eu tentando não me preocupar em excesso com os meninos ( ter ascendente em câncer tem dessas coisas...). Esse foi o dia mais quente da semana. Sai para uma rápida corrida, e senti os efeitos do calor (e da comida americana) no meu corpo. Eu tentava correr e o corpo parecia amarrado, em marcha lenta. Tomei um banho frio mas continuei suando horrores por horas !!! Nesse dia comemos até a morte no IHop.

Daniel e eu saimos abastecer o carro. Aliás, eu nunca tinha abastecido o carro no exterior. Seria uma nova experiencia. Paramos em um posto. Ficamos os dois olhando um para a cara do outro e rindo, mas aproveitamos para puxar papo com uma menina em fusquinha amarelo. Ela, Katei, muti simpática, nos ensinou lá que bastava inserir o cartão de crédito na bomba, depois encher o tanque, e pronto. Pegamos telefone dela e tals, mas o estresse do curso não nos deixou tempo suficiente para sairmos e tals.

De volta ao hotel, estudamos até tarde. Eu quebrei a meia noite. O Adair foi até umas 2 da manhã.

(Foto espontânea - essa realmente é, por incrível que pareça)

Sexta-feira, última dia de curso. De manhã os três com cara de barraco por conta do cansaso e estresse. Mas depois da prova (que não estava fácil por sinal) veio o alívio. Passamos os três. Não dava para esconder o alívio pelo Adair ter conseguido. E no rosto dele era vísivel também o fato de não mais ter o peso do mundo nas costas. Dai tiramos umas fotos com a galera do curso, nos despedimos e fomos embora da Teex.

(Galera do curso - pow, eu fui o único com pose de jogador de futebol)

Tentamos almoçar algo diferente de fast-food americano nesse dia. Procuramos, procuramos e encontramos um restaurante japonês. Para a decepção do Daniel o sushi tinha... abacate!!!! Acho que por causa da proximidade com o México, tudo leva abacate em College Station... já não aguentávamos mais.

Nesse dia tarde saimos para fazer algumas comprinhas (eu só comprei o que o Bruno me pediu e ainda por cima errei !!!). Nesse dia havia chovido e a temperatura caido bastante (tivemos que usar casacos).
(Passadinha no Shops ... criança é fogo neh)

A noite passamos no hotel do Kelly, o canadense do curso, e fomos ao Fox and Hounds para a bebemoração. Jogamos muita sinuca, e depois de várias cervas o Adair e Kelly estavam trocando altas idéias ... só vcs vendo diálogo entre eles:
(Adair e Kelly discutindo a paz mundial)

Kelly: One day I´m sure I´ll see this guy(Adair) 'el presidente' !
Adair: Oh man!
Kelly: El presidente ! this guy here...
Adair: Oh man!
Mas pense que os dois trocaram altos papos alto nível como esse e ficaram bem amigos. Nessa noite um cowboy chamado Bob que estava na mesa de sinuca ao lado, se chegou e jogou com os meninos. Daniel, que nessa noite estava detonando todas as partidas, avisou "Man, be careful cos' we´re good!"... ele o Adair tomaram um coro e perderam as 5 partidas que jogaram.

Nossa garçonete essa noite era uma tábua de passar de magra. Eu e Kelly concordamos que ela deve vomitar. E além de enrolada, ela ainda quebrou me cartão de crédito (senti um calafrio de medo... sem o cartão estaria pebado sem grana nos States). Mas no final ela entrou na onda e bateu fotos conosco.

(Erin entrando na onda)

Ahhhh !!!! Fizemos Kelly gravar um depoimento para nosso chefe no Brasil. Deem uma sacada no video (e na tentativa dele em pronunciar aeroporto).

As 2 da madrugada fomos expulsos - de verdade - do bar. Um gordão "gentilmente" nos convidou a sair pq as duas fecha tudo lá nos EUA. Mas dai o Daniel, ultra bebum, perguntou se le não queria bater umas fotos conosco, o convidou para vir ao Brasil, dai o cara baixou a guarda, e e falou de boa conosco.

Sabadão almoçamos com o Kelly, e depois tomamos café no Starbucks ( a galera já estava tão acostumada conosco que já sabiam nossos pedidos de có) nos despedimos dele e pegamos a estrada de volta a Houston. No caminho paramos em um Outlet para comprinhas (eu olhei 1 milhao de coisas e no fim não levei nada... meu furor consumista eh mto fraco mesmo... em compesação o Adair explodiu o cartão de crédito dele). Saimos de lá meio tarde e tivemos ue voar até o aeroporto de Houston.

No check-in, um serviço tão ruim que dava raiva. Acho melhor pensarmos duas vezes antes de criticar nossa galera aqui e achar que a grava do vizinho sempre é mais verde. O Adair tinha duas malas a despachar... o seu menino lá despachou uma e depois ficou olhando para o teto pensando na morte da bezerra. Pow, acordai muleke, e a outra??? Dai ele olha para mim com cara de alesado, e literalmente joga a mala do Adair na esteira... nobody deserves.

No voo estávamos tão cansados que dormimos a noite toda. Dessa vez sem papo em horário algum. nem TV nem revista eu li.

Em Guarulhos tivemos que esperar até a tarde para pegar o voo de volta a Brasília. No voo até aqui eu e Daniel tomamos mais umas cervas de saidera. Já de volta, tomamos um taxi e conforme eu ia olhando o verde dos jardin daqui, me veio aquela alegria... viajar é TDB, mas voltar para casa é sempre melhor...

Próximo post (alguém ainda tem paciência?) falo dos insights e aprendizados dessa viagem...

cheers!
PS - o video era tão grande que não consegui fazer o upload... tento de novo outro dia :_(

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vai Guerreiro !!! (Parte I)

E ae povo?
Depois de 2 semaninhas longe, e ralando para aprender a atividade de bombeiro, estou eu de volta (vivo !!!!). Vou quebrar o post em outros pq muita coisa aconteceu, foram 2 semanas bem intensas.
Semana 1 - Etapa Paulínia/SP
A 1a etapa do curso foi em um centro de treinamento em Paulínia, interior de Sampa. Domingo, 27/09, embarcamos eu, Daniel e Adair, os tres guerreiros bombeiros, para Campinas. Lá havia um taxi nos esperando para nos levar a Paulínia.

Fizemos nosso check-in no Ibis de lá e ficamos o resto dia conversando e tomando cerveja. No hotel tinha uma galera de um filme que estavam rodando nos estúdio lá de Paulínia, um pessoal bem maluco, ficamos também a observar e falar das peças lá. A noite ainda demos uma volta procurando um lugar para encher a barriga (tudo fechando, que OB!). Daniel até levantou uma questão interessante nesse dia... será que teríamos conversa suficiente para as proximas semanas???
Segunda pela manhã. Tomamos café e ficamos esperando nossa carona para o centro de treinamento. Primeiro dia não houve aula prática, apenas teoria. Mas vimos outras pessoas treinanando com fogo, já bateu aquela vontade de entrar em ação tb!!!

Ruim era a hora do almoço... uma pessoa que não come carne feito eu sofria porque tudo estava contaminado com carne!!!! E os sucos eram tinta colorida, com o mesmo sabor... não importasse a cor (se bem q a tinta colorida seria minha salvação na sexta...)

A noite o que fizemos??? Jantamos (Adai aliás, pense num caboco que come... era cada pratão de arroz e feijão... o bixo é 'mago' de ruim que é) e ficamos nas cervas de novo. Daniel e eu pedimos uma sopa de legume que pelo amor de Deus... era água, uns micro pedaços de vegetais e toneladas de macarrão e... CARNE!!!! Que raiva !!!!!!

(Guerreiros Daniel e Luciano - Pose de seriado americano Third Watch)

Na terça tivemos mais teoria mas tarde aprendemos a vestir a roupa (de astronauta) que serve para aproximação ao fogo - EPI - e o o equipamento de respiração - EPR. Dai ficamos a tarde toda tentando colocar aquilo o mais rápido possível (pq é assim que age o bombeiro numa emergência, então eu tb tinha q aprender a vestir aquela roupa rapidamente). O melhor tempo foi para o Daniel, 1min42seg. Eu e Adair sempre começavamos bem, mas nos enrolávamos em algum detalhe. Cheers Daniel !!!

( Adair e eu - treinamento de colocação do EPI )

(Será que a pegability aumenta com essa roupa?)

A noite tome comida e cerveja. Quer dizer... o Adair se recolheu a seus aponsentos mais cedo, e ficamos eu e Daniel conversando (em inglês) até as 23hs ( believe it or not, we still had loads to talk...)

Quarta foi dia de tratar de emergências com produtos químicas. Pense num troço ruim. A roupa era de "prástico" e não respirava... vc suava até a morte ainda parecia um teletubbie. Ai tinhamos que correr, vestir o treco chegar no local do "vazamento", anaçisar a situação, com aquela roupa e a máscara e fazer isolamento, etc, etc... apesar da suadeira, foi bem legal...

(Modelo Daniel na sua vestimenta de teletubby)

Na quinta aprendemos procedimentos de imobilização de vítmas. O Daniel manja pra caramba disso. Ele nos mostrou algumas técnica de remoção de vítimas da aeronave , onde ao mesmo tempo é feita a proteção da vítima. Agente se acabou de rir com o Adair tentando levanta o Daniel ( ele nunca conseguia hahahahaha). Dai fizemos as simulações depois. Na vez em que eu era vítima confesso que torei um aço danado (tradução: fiquei com medo) quando me puseram na maca e me levataram e dai só via o céu... mas foi tranks. Na vez em Daniel era a vítima, eu me encarreguei de levantá-lo... mas ele bem achou q fosse se esborrachar no chão tb rsrsrsrs.

(Pense num caboco pesado!)

(Adair e Daniel no resgate da vítima - eu! Imobilizado num tem jeito... tem que confiar!)

(Imobilizando a cabeça da "vítima")

(Luciano e Adair no transport da vítima)

Sexta-feira, último dia !!!! Dia de combate a incêdio. Primeiro exercício: enrolar, desenrolar, transporta, montar mangueiras... isso tudo com o EPI !!! E nesse dia tava um calor da mulesta. E dai tome correr de um lado para o outro montando, levantando, etc., as mangueiras. Depois, fizemos a 1a simulação de movimentação sincronizada com as mangueiras... inclusive de joelhos na brita! Que dor da peste... mas guerreiro que é guerreiro aguenta o tranco!

O Adair achou q fosse pedir arrego nessa hora. Mas ai veio a tinta amarela salvadora !!!!Nos intervalos dos exercícios iamos até o refeitório, e tomávamos quase um litro disso. Como era cheio de açucar, ajudava a manter a glicemia em ordem.


(Adair pensativo depois dos exercícios com mangueira)

Dai veio o exercício de combate a incêndio em caminhão em chamas. Dois tinham que subir com uma linha (mangueira) e o outro ficava em baixo fazendo a proteção (aliás, show de bola ver como o fogo não vence a barreira de água criada). No 1º round eu fiquei em baixo, fiz a proteção do Daniel e Adair. Homi... não é fácil ficar ajoelhado na brita e aguentar na mesma posição por quase 10 min.

Depois o Daniel ficou em baixo e fez a proteção. Eu subi com o Adair. Dai eu empurrava o fogo para trás, enquanto o Adair fechava a válvula de combustível. Depois eu tinha que fechar a tampa para abafar o fogo.

O segundo exercício era o de apagar fogo em equipamento elétrico. Cada um tentou uma vez. O esquema era: acinava-se uma alarme, pegávamos o extintor, entrávamos numa casinha lá, desligávamos a força, depois abríamos o painel, e despejávamos o extintor na base do fogo. Um disparo errado faria o fogo ficar maior (foi justamente o que aconteceu com o Adair na foto abaixo).

No exercício seguinte tínhamos que entrar os três numa casa cheia de fumaça, agachados para não sufocar com a fumaça, ir até o outro lado, bater numa porta e voltar. Eu fui na frente nesse exercício. Lá dentro não dá para ver nada... vc vai literalmente no tato... e tome obstáculos no caminho.

(Foto depois do exercício na casa de fumaça)

Depois repetíamos o mesmo exercício com o EPR. Ai o Adair se enrolou com equipamento dele, tinha que usar o cilindro do Daniel... entramos... atravessar os mesmos obstáculos com aquele cilindro nas costas não era fácil. No caminho a Adair se enrolou, perdeu o capacete, removeu a máscara... ahahahaha... numa situação real sairíamos eu e daniel arrastando um bombeiro desmaiado.

Pausa para almoço... tava tão quente que não conseguimos comer muito... mas tinta colorida foi de rodo. Nesse momento eu tb estava desejoso (para não dizer desesperado) por café... a última vez q tinha tomado tinha sido pela manhã, na saída do Ibis.

A tarde fizemos exercício com extintores químicos, e foi blz (embora eu tenha me enrolado em um lá). Daniel como sempre tri-eficiente.

Ai veio a árvore de natal. Esse consistia numa simulação de vazamento de gás. Dai uma pessoa afastava as chamas para trás e o bombeiro de trás aproveitava a proteção e fechava a válvula de gás. No primeiro, eu fiz a proteção e o Daniel fechou a válvula. Depois o Adair fez a proteção e eu fechei a válvula. Quando foi a vez do Adair fehcar válvula foi mto engraçado. O Daniel ficou lá se esforçando em segurar a chama e o instrutor falava "Pode fechar a válvula"... nada... "Pode fechar a válvula"... (Adair olhando para o céu e pensando na vida)... "ADAIR CARALHO, FECHA A PORRA DESSA VÁLVULA "... Adair dá um pulo e vai fechar a dita cuja... cara... num prestou... agente ficou rindo até o dia seguinte.

O último foi uam simulação de fogo em tanque de combustível. Nesse tínhamos que fazer a proteção contra o fogo, e esperar até o combustível ser consumido. Poutz, durante o exercício o vento mudou de direção e o fogo veio para cima de nós... homi... era uma fumaceira danada, e tínhamos que continuar olhando para o fogo e controlando-o, até ele ceder....

Depois disso, recolhemos as mangueiras, e esperamos um tempo atpé receber os certificados... eu aproveitei e tomei um banho (a roupa tava encharcada de água e suor), para aguentar ainda a viagem até São Paulo. Ah... assim que v a garrafa de café ataquei a coitada... acho q tomei uns 4 copos seguidos... e senti minha mente se iluminar de novo rsrsrsrsr.

( Missão 1 cumprida)

Certificados em mãos, nos deixaram na rodoviária de Paulínia e tomamos um ônibus para Sampa. Daniel havia falado com o motorista para ele nos deixar perto de alguma estação de metrô. poizé... o cara nos deixou longe pra caramba da estação mais próxima (da Lapa). Dai vamos os três com malas gigantescas (quer dizer... menos o Adair que ganha o tróféu Mala Enxuta) pelas ruas de Sampa, com a galera na hora do happy hour até essa estação. Dai tranquilo, tomamos o metrô em direção a Tatuapé.

Lá pegamos uma carona com a mãe do Daniel. Legal foi chegar na casa dele e ver a alegria da cachorrinha dele ao sentir que ele estava chegando... ela corria, pulava, latia de alegria. Interessante também conhecer a casa, a rua, enfim, o ambiente na qual a ilustre figura - Daniel - cresceu.

Apesar do sono comendo nosso juízo, ainda saimos a noite para um sushi mto bom em algum lugar que não lembro mais onde. Nessa hora vc saca que esté em sampa mesmo... a noite é bem agitadada, com barzinhos e baladas para todos os gostos. Lá no sushi comemos até espocar.

A meia noite estávamos de volta e pow, cama e sono profundo. Só acordamos depois das 10 do sábado. A mãe do Daniel fez um almoço para nós, e tarde corremos para resolver detalhes da viagem (sempre deixando para última hora!!!). Não deu para comprar muitos dólares... dai íamos ter que racionalizar um "cadim" no exterior (eu não sabia como tava o limite do meu cartão, não dava para arriscar).

Dai tome correira para arrumrs as malas e ir a Guarulhos para ainda providenciar seguro internacional e fazer o check-in. Ahhh... no caminho, Daniel no voltante, um carro estressado atrás estava dando altas buzinadas para ultrapassar... tão logo o carro virou a direita para sgir seu rumo, a dona menina lá começou a buzinar, xingar e dar do dedo lá para o Daniel hahahahaha... ééééééé... estresses da cidade grande.

Bom, dai no aeroporto comemos e esperamos até a hora do embarque... mas deixo para contar essa parte no próximo post... acho que esse já ficou deveras grande rs.

cheers!!!



(Um pequeno testemunho pós-treino)